quinta-feira, 7 de maio de 2009

Nova técnica de impressão digital resolve casos antigos


Cientistas britânicos desenvolveram uma nova técnica de combate ao crime que permite que a polícia consiga levantar impressões digitais de balas mesmo que o criminoso limpe o cartucho, explica a agência Reuters.
Autoridades na Inglaterra e nos Estados Unidos usaram o método para reabrir três casos antigos, incluindo um duplo assassinato nos EUA que a polícia agora mostra optimismo em resolver, informou John Bond, o físico que desenvolveu a técnica.
«Num caso houve evidência suficiente que pode levar a uma identificação de um criminoso», disse Bond, pesquisador na Universidade de Leicester e consultor da polícia de Northamptonshire, na Inglaterra.

Marcas de corrosão provocadas pelo suor
O método convencional de retirada de impressões digitais existe há mais de 100 anos e envolve a criação de uma reacção química com o suor deixado num objecto. A reacção cria uma imagem que a polícia pode usar.
Mas se um criminoso limpa o suor, pouca substância sobra para uma reacção química e, por isso, os métodos tradicionais tornam-se inúteis, disse Bond numa entrevista por telefone.
A nova técnica permite que a polícia supere os criminosos uma vez que ela é capaz de produzir uma impressão digital mesmo se não houver uma impressão de suor com que se trabalhar. Os especialistas britânicos focaram em trechos de corrosão da espessura de um fio de cabelo que o suor frequentemente deixa em certos metais usados em balas e bombas.
A técnica não é à prova de falhas
A técnica implica cobrir o metal com um pó fino e em seguida aplicar uma forte corrente eléctrica que faz a poeira agarrar às áreas corroídas, criando uma potencial impressão digital, disse Bond.
«O pó que é muito fino só se agarra nas partes corroídas do metal, o que significa que só adere onde está a impressão digital», disse o cientista, cuja equipa publicou os resultados da pesquisa no Journal of Forensic Sciences e no Journal of Applied Physics.
A técnica não é à prova de falhas e algumas pessoas não segregam sal suficiente no suor para que haja uma corrosão do metal ao ponto da polícia conseguir uma impressão, acrescentou.
Mas, para alguns casos considerados sem saída a técnica pode fornecer evidências importantes e indicar a pessoa que carregou uma arma usada num crime, disse Bond.

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